quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sobre insônia.

Uma caneca de chocolate quente, meias, pijama, cobertores, uma poltrona confortável, um CD da Norah Jhones e um namoro conturbado. E ninguém precisa de mais nada pra ter uma puta insônia.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Sobre mudanças.

Não. Você não vai mudar. Nem hoje, nem amanhã, nem semana, mês ou ano que vem. Você não vai mudar eu sei.
Não. Isso não quer dizer que eu não vá te dar uma outra chance. Talvez essa chance nem seja pra você, nem seja pra nós dois, essa chance talvez seja pra mim. Se você não muda, eu faço de mim mutante, faço de mim maleável, discartável. Essa é a última chance, a última chance que eu me dou pra me adaptar à você, às coisas que me chateiam, às suas manias que me incomdam e à sua personalidade latente. Eu sei, eu fui intolerante, impaciente, tentei mudar você, tentei mudar coisas que eu devia ter tentado aceitar. Eu fui a garotinha mimada que você sempre odiou em mim e que eu sempre disse que não existia. Eu fui ela e continuo sendo agora, deixando você assumir a culpa, a minha culpa. Mas você não sabe, não vai saber, não vai saber de quem tem ou não tem culpa, você não vai saber da sua sorte. Só fique comigo assim, me abraçando forte, me tendo em seus braços, como quem tem medo de perder, como quem sabe que tem sua última chance, como quem já errou demais e se arrependeu.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Quando chega ao fim, a gente tenta desesperadamente encontrar uma desculpa pra não acabar e deixamos de ver como a um palmo da gente tem um abismo. Não tem como seguir em frente. Então o jeito é voltar na última bifurcação e escolher outra direção. Assim que você parar de chorar descontroladamente pelos sonhos que acabaram ficando pelo chão.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

- Porque eu acredito quando você mente ?
- Porque você acredita se sabe que é mentira ?
- As suas mentiras são tão doces, meu bem. O que faz com que elas sejam tão doces ?
- Eu achei que o gosto disso fosse azedo.
- Seria se você as contasse de outro jeito.
- De outro jeito eu não teria você, querida.
- Azedo ou doce, as mentiras te farão me perder.
- Sem elas eu já teria te perdido.
- Pra que adiar o inevitável ?
- Porque você sempre me pede pra ficar mais dez minutos ?
- Porque eu não posso te pedir pra ficar pra sempre.
- Se eu te dissesse que quero que você fique pra sempre, você ficaria ?
- Não. Não sentindo esse agridoce nisso tudo...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

" Talvez de tanto egoísmo eu queira, realmente, pedir que você fique. " Raíza Moraes Souza

Talvez por amor, por precisão, talvez por capricho, por medo; da solidão, da noite, do vazio, da ausência, talvez por egoísmo eu queira pedir que você fique. Mas eu não vou. Não vou por orgulho, por desistência, por experiências anteriores, por cansaço, por resistência, ou talvez por amor... pelo meu amor... o amor próprio.

Adri.