terça-feira, 27 de novembro de 2007

... Eu não disse nada porque eu não sabia o que dizer.
Quero dizer, eu sei que o certo seria eu dizer que eu
também sinto o mesmo, mas eu não disse. Eu não sei fazer o certo,
você sabe que não. Se eu dissesse: "Oh querida, eu te amo também!", isso
não faria daquele momento mais especial. Ta, ok,
talvez fizesse dele mais especial pra você.
mas tudo só faria das nossas juras de sinceras
nada mais que um lugar comum.
Oh querida por favor não se abale,
você sabe, você é especial pra mim e pra mim só existe você.
Então não fique triste, em outras palavras isto é; Eu te amo.


Obs: Nem sempre é como a gente quer. x)

domingo, 18 de novembro de 2007

O telefone tocou, " caramba, quem é o idiota que se presta a ligar pra
alguém as tres da manha ? " disse ele olhando para o rádio relógio
em cima do criado mudo que ficava a beira de sua
cama-de-casal-com-espaço-mal-ultilizado, assim ele mesmo se referia a
ela após ter se acostumado com o que diziam seus amigos da pelada.

-Alô.
.Oi
-Oi.

Ele reconheceu a doce voz dela, aquela voz que o acordara infinitas
vezes acompanhada de beijos no ouvido e caricias arrepiantes.
Putz, era Sábado. DIa de sair com o novo namorado dela,
" ela deve ter ganhado um bolo dele, isso sim. aff mas que despeito...
eu estou aki em casa e não ganhei um bolo da novanamorada"
pensava ele em fração de segundos.

.Eu te acordei ?
- É... acordou sim.

Disse ele calmamente, meio não querendo assumir os fatos.
A voz dele estava ainda mais grossa
que de costume, ele até queria fingir
que acabara de chegar da rua, mas ela
conhecia akela molesa seca da voz dele
de quando ele acordava.

-Onde você tá ? Tá muito barulho ai.

Ele na verdade não queria saber onde ela estava ,
sabia que era questao de segundos pra ela contar a
história trágica da noite e dizer porque lembrou dele,
mas precisava se mostrar interessado na história dela
pra que ela pudesse ter uma deixa de contar tudo.

.Eu to no carro,naquele que você vomitou um dia
e a gente teve que parar pra lavar de madrugada
antes de entregar pro meu pai.

Os dois riram do comentário dela
e a conversa deles utimamente estava
asssim, como que vivessem em nostalgia,
a conversa deles quase não existia no presente,
era sempre no passado.

-Bah, mas não precisa me lembrar disso vai,
que que ce tá fazendo dentro desse carro ?

.Esperando o Carlos pra me levar pra casa,
eu não to muito bem e ele fechando a conta no bar,
despedindo dos amigos, indo no banheiro.

-Deixa eu adivinhar ? VOcê bebeu demais ?

.Não foi demais, mas você sabe que eu sou fraca
com bebida...VOcê não saiu hoje ?

DAli a pouco ela iria perguntar do namoro
dele, e disso ele sabia, ela fazia sempre a mesma
coisa, depois de ouvir alguma historia deles, ou
a história da noite deles ( que ela mesmo perguntara )
ela iria mudar a voz, iria ficar triste, quem sabe dessa
vez ela desligasse antes dele perceber ela chorando ?
Ele sempre tentava evitar essas situações, mas não seria mais
fácil se ele pelo menos não a atendesse ?
No fundo eles sentiam que precisavam um do outro,
talvez pra sentirem que foram importantes um pro outro,
pra eles terem a sensação de que conseguiram fazer um ao outro feliz
e a quem não agrada a sensação de ter deixado saudades ?
Só que nisso tudo era ela quem se sujeitava a situações não tão agradáveis,
ele só ouvia, concordava, e de vez enquando falava eu também.

- Não, hoje eu nem quis sair, fikei em casa, assistindo o filme da TV.
.Mas pra quem namora Sábado é sagrado não é, cadê a sua namorada ?
- Ela foi jantar na casa dos pais, eu não quis ir hoje.
.Mas já está recusando convite de sogra ?
- Hoje eu estava mesmo cansado e sem saco pra festinhas de família.

Um silêncio enorme baixou entre os dois, ele quis desligar.
Haaaa, tudo era tão repetitivo, tudo era tão artificial nessas ligações já.
Ele podia escrever um script, um conto talvez, sobre essas ligações dela
no meio da madrugada, que sempre seria igual ao seu conto,
era tudo muito igual, tudo igual.
Ele queria evitar que dessa vez ela falasse demais,
hoje ela estava realmente tonta, portanto mais sentimental,
mais sensível,mais sincera.

.Você sente minha falta Paulo ?
-Sinto Gabi, sinto muito sua falta.
.Ela te faz sentir melhor do que eu fazia ?
- Não. Com você eu me sentia mais seguro, eu me sentia o homem-que-pode-tudo.

Ele não sabia se era certo dizer aquelas coisa,
mas que mal podia fazer. ela era sempre tão sincera,
porque ele não podia ser também? Ele achava que não podia
mentir e ele nunca mentiu pra ela. Só aquelas vezes
que ele viu o telefone tocar, mas depois disse a ela que estava dormindo,
só aquelas vezes em que ele que ele disse estar cansado só pra poder
assistir o jogo de futebol em casa. São mentiras do mesmo modo,
talvez menos pesadas e mais mal intesionadas que dizer que ela
não fazia falta momento algum pra ele.

.EU sinto sua falta Paulo, eu sinto falta da sua casa,
da sua cama, do seu cheiro, de dormir com você,
eu sinto falta das nossas conversar ...
-Eu também sinto muito a sua falta Gabi.
.Você gosta dela ? O sexo é melhor com ela ?

Ele realmente não queria responder esse tipo de pergunta,
parecia pergunta de homem, e na verdade ele queria saber a
mesma coisa, mas ele não queria perguntar, e não iria,
nunca, porque o revelaria instável, com medo,inseguro.
Essas perguntas sempre o davam um aperto no coração,
como ele deixou ela ir tão longe, perguntar de sexo, não...

-Gabi não faz assim, você terminou comigo, disse que seria
melhor pra você, então não pergunte coisas que na verdade
você não quer ouvir as respostas...

DEpois disso eles se calaram.
Dois minutos de silencio. Silencio não, ele podia ouvir
o barulho de cada lágrima que caia, os soluços.
E depois ouviu uma conversa...

" Ta tudo bem ? Está, está sim. Você sabe como é tonto. "
ela voltou ao telefone e disse:

.REnatinha amanha eu te ligo e conto o que a gente fez hoje.
-TUdo bem. Melhoras.

O tal de Carlos levou Gabriela pra casa,
a pos na cama,cuidou dela durante a noite toda,
aguentou os vomitos e tudo mais.
No dia seguinte antes de ir embora,
ele a acordou, disse um simpático bom dia
com akele sorriso encantador
e disse ao ouvido dela

- Gabi eu amo você, me liga hoje
a tarde se ainda quiser ficar comigo...
Haa mais um coisa, ontem a Renatinha,
aquela do telefone,
tava lá no bar jogando sinuca
enquanto eu fechava a conta.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

.Feliz Aniversário.

Data de aniversário,
Uma data meio inútil, mesmo que seja especial, é só o dia em que você nasceu.
O dia que serve como ponto de referencia pra você calcular quanto tempo está vivo e em alguns casos se calcula a experiência também. É só um dia que seus amigos e conhecidos vão ter pra dizer a você o quanto gostam de você e o quanto desejam que você prospere, o quanto desejam que você tenham sucesso. E é isso que talvez faça desse dia um pouco mais útil, porque todos desejam isso o tempo todo e não só nesse dia. Eles só elegem esse dia pra te desejar votos (nem sempre) sinceros de felicidades,
Ou só o farão porque não tem o que falar nesse dia mesmo. Só é um dia pra se ganhar cerveja, presentes, abraços, beijos. Um dia pra se sair e esquecer dos namorados, da faculdade, do cursinho e da PORRA do vestibular que decide a vida de tanta gente. Ou um dia pra se passar com a família não fazendo nada. Ou comendo bolo. Ou enchendo a barriga de meia dúzia de pessoas que você convidou pra ir a sua casa passar esse dia “tão especial” com você e que sairão depois falando que o salgadinho de frango estava frio, ou que o Risoli tinha azeitona, ou que o refrigerante estava quente. Ou talvez um belo dia pra se trancar e não atender o telefonema de ninguém e inventar no outro dia que você foi num tipo qualquer de Retiro Espiritual, pra ajudar a equilibrar seus Chácaras. Amanha vai ser um dia tão inútil quanto todos os outros, (desculpa a sinceridade ou o despeito), mas mesmo assim eu confesso que queria estar do seu lado.
E talvez amanhã, eu me sente numa esquina, fume um cigarro, tome uma dose qualquer de qualquer coisa e me afunde em qualquer coisa tão desagradável quanto à dor, ou faça como sempre, espere até que você chegue encharcada de álcool, tarde da manha, pra falar ao menos que eu te amo e pra dizer “Tudo bem amor, dorme um pouco”. Depois de te ouvir dizer: “Eu preciso muito dormir!”.


Obs: Feliz Aniversário Bruna.
16/11/2007
Sexta-feira.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Texto de Jeffrey Mcdaniel

Num esforço para que as pessoas
olhem mais nos olhos umas das outras,
e também para satisfazer os mudos,
o governo decidiu determinar
para cada pessoa exatamente cento
e sessenta e sete palavras por dia.

quando toca o telefone, ponho-o ao ouvido
sem dizer alô. no restaurante
aponto para a canja de galinha.

estou me ajustando bem ao novo jeito.
tenho estampas para todas as ocasiões.
cada manhã invento uma nova frase
que imprimo numa camiseta,
como os seres humanos estão vindo
ou karaokê para mudos.

tarde da noite, ligo para meu amor distante,
orgulhoso digo somente gastei cinqüenta e nove hoje.
guardei o resto para você.

quando ela não responde
sei que usou todas as suas palavras
então sussurro lentamente eu amo você
trinta e duas vezes e um terço.
depois disso, ficamos junto à linha
ouvindo um o respirar do outro.

Jeffrey Mcdaniel (tradução de mauro faccioni filho)


Obs: Uma música ( Down em Mim _ Cazuza ), uma vakinha ( a Laika ),
um livro ( o da Clarisse Linspector), um noite ruim ( a de Hoje ).
O conjunto da obra é porco, e me faz lembrar, TODO ELE, você.

Obs2: O Texto eu Copiei de um Fotolog, que eu frequentAVA sempre.

Obs3: Eu queria dizer apenas verdades.

Obs4: Esse texto é muito foda.

Obs5: Odeios Obs's.