terça-feira, 22 de julho de 2008

Sobre Angústia.

"Ando angustiada demais, meu amigo, palavrinha antiga essa, angústia...". E assim me angustiam as coisas que acontecem e as que deixam de acontecer. Chato isso, chato aquilo e isso também me deixa angustiada. Cacos de vidro, bonecas de porcelana, feridas abertas, relacionamentos à distância. Distância, a distância me angustia. Porque na distância não existe o toque, não existe o cheiro, na distancia se perde o que se construiu, se perdem as lembranças, na distancia se PERDE e tudo beira a tristeza, melancolia. A minha angústia maor sempre foi a distância. O meu desejo maior sempre foi sair daqui. E viajar. O mundo inteiro? Quem sabe? Um tempo pra cada lugar, longe de tudo e perto de alguma coisa que me faça falta, e assim pra sempre. Em cada porto uma vontade, uma saudade sanada, em cada porto uma saudade acumulada.

14/06/2008

11 comentários:

Anônimo disse...

Adrielly, linda! Conheço bem esse sentimento, mas achei bárbaras as palavras e expressões que usou para expressã-lo. Daria um õtimo post!
Quanto aos sapatos... Bem, não fui exatamente às compras. Foi uma maneira apenas de eu expressar que estava cansada de tudo isso e que precisava parar de criar um mundo ideal que, por mais que machuque, é o verdadeiro.
Beijinhos!

Amanda Silveira disse...

brigada pela visita ao meu jardim ^^
espero te encontrar mais vezes por lá, viu?!

p.s.: blog MUITO bom!

Anônimo disse...

olá dry,
a distância "mata"..especialmente
a que existe entre esse computador e a rua.
beijos,
tadeu filippini

Anônimo disse...

distância...sempre imagino-a como um objetivo a ser superado. excelente reflexão. abraços.

Gustavo Martins disse...

De vez em quando a gente diz:
1) ainda bem que este prédio só tem 3 andares se não a gente pulava
ou
2) vai faltar prédio (ou vidro de estriquinina) pra mandar toda essa coisa ruim embora

Enquanto isso, como você lindinha viu lá no MCP, a gente faz algumas coisas pra esquecer.

Então, aqui nesta blogosfera, somos todos uns irmãos de sentimentos.

maria louca disse...

minha intenção era bem essa: não te fazer mudar de idéia, mas te mostrar o outro lado da moeda. sempre existem dois lados, não? e pessoas sentem de jeitos diferentes, deve ser por isso que as "sedes" e as tais "águas" que matam (ou não) essas "sedes" também são diferentes.

viver coisas a distância é horrível, só faz mal. a única coisa boa da distância é o tal do reencontro.


de nada. eu que te agradeço ;]

Francine Esqueda disse...

Olá?!!! Estou passando por aqui de teimosa! Ontem passei por uma pequena cirurgia e deveria repousar total! Mas, não resisti: Que delicia receber pessoas tão bacana como vc na minha casinha! Adorei seu comentário...

Beijos e mais beijos...

Kaká disse...

Não... não é a distância que me angustia.
Talvez eu tenha aprendido a me lidar com ela.
Aliás, aprendido não, a palavra mais certa é me conformado.
Certas coisas não se aprendem, certas coisas não nos conformam.
E são essas impossíveis de serem conformadas é que me angustiam.

=*teamo!

Cláudia I, Vetter disse...

Na distância existe o abstrato, e o que é invisível aos olhos nos toca e nos submete à nós cada vez mais. O toque é o artifício da matéria, com o fundo falso do desejo, para tudo o que persiste dentro de nós. Dentro - e pra intensidade toda virar nó, pó, verdade, concretização, o sentido é um só sentimental.

;** moça, sinta-se bem pelo seu bem-querer. ,apenas.

Ricardo Almeida disse...

Você não sabe o quanto me identifiquei com o teu texto! Perfeito pra mim. A distância me angustia porque nela eu perco o que construí, porque nela eu perco a cada dia quem me faz falta. E quem me faz falta se perde de mim. Só a proximidade a traria de volta. Obrigado por me emprestar sua voz. Não to conseguindo me lembrar de onde conheço a citação do início de seu texto. É algo que já li e reli (e adoro!), mas esqueci onde. Refresca a minha memória?
Beijos

Henrique Monteiro disse...

Muitas coisas se perdem na distância.
Mas as lembranças não, a menos que tu própria queira.