De longe eu não sou quem você, ou sua mãe, sonhou pra você. Tampouco você é aquela pessoa a qual eu me referia de boca cheia em minhas orações. Eu odeio os seus vícios, odeio suas manias, os seus gostos, as suas músicas, as suas comidas preferidas. Eu odeio o jeito como não me ouve, odeio o seu orgulho, a sua independência, eu odeio a sua falta de consideração, eu odeio o jeito como me ama, eu odeio seu desapego, eu odeio tudo que em você se refere a mim. Mas e se eu te disser isso? E se você decidir e perceber que eu não sou alguém pra você? E se você decidir que eu não faço falta em sua vida? No seu dia-a-dia? Não importa. Eu só preciso que você saiba que mesmo com tudo isso é do seu lado que eu tenho os melhores momentos, os melhores sentimentos, os melhores sorrisos, as melhores alegrias.
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Escrevendo menos, lendo muito. Lendo muitas coisas que me traduzem e me tiram a necessidade de escrever. Desculpem o descaso aqui. Remexendo arquivos e postanto o que já senti, uma vez e mais uma vez e uma vez mais. Recomendo: Clarice Lispector e Caio Fernado Abreu ( Amo! ).
5 comentários:
Clarice e Caio são minha pulsação.
Bom dia bonita!
Sou eu na foto!
=)
Beijo!
Belo texto! Como sempre.
Caio é filho direto e assumido de Clarice. E ambos são absolutamente maravilhosos!
Sua prosa continua forte e evoluindo. Um dia alguém recomendará Clarice, Caio e Adrielle.
bjs
Obrigadda,
volte sempre ao meu espaço!
o seu é lindo e aconchegante,
palavras cotidianas tão bem agrupadas...
Clarice Lispector...maravilhosa, recomendo o texto 'o ovo e a galinha'
"o que eu não sei do ovo me dáo ovo propriamente dito"
sopros de luz!!
=***
Oooo menina pra envolver agente em seus textos...
rss
adorooooo!!!!
O de hofe então... mais que especial... ta lindo!!!
Tbn adoro a Clarice... mas confesso ser apaixonada por Pessoa...gosta tbn??
bjo gigante!
Eu tenho uma anotação no meu caderninho que, aliás, postei há um tempo:
"Se eu não sou exatamente
o que você queria,
paciência!
Você também não é
quem eu imaginava
e o quero, mesmo assim,
assim mesmo."
Inclusive, quando escrevi isso, fiz referência a um poeminha da Martha Medeiros, que diz:
“se você for
exatamente como imagino
igualzinho aos meus sonhos
eu vou embora
detesto desmancha-prazeres”
Achei que os dois têm tudo a ver com o seu texto. Não há lógica ou racionalidade em gostar, e essa que é a magia do verbo: ele é grátis e incondicional.
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