segunda-feira, 11 de agosto de 2008

"Coisas assim, você sabe? Eu, sim: amar o mesmo de si no outro às vezes acorrenta, mas quando os corpos se tocam as mentes conseguem voar para bem mais longe que o horizonte, que não se vê nunca daqui. No entanto, é claro lá: quando os corpos se tocam depois de amar o mesmo de si no outro. Portanto, não se olham. E não sou eu quem decide, são eles. Não se deve olhar quando olhar significa debruçar-se sobre um espelho talvez rachado. Que pode ferir, com seus cacos deformantes." Caio Fernando Abreu, in O rapaz mais triste do mundo

2 comentários:

Alessandra Castro disse...

É chato imaginar tamanha necessidade da pele do outro, naum queremos ser tão dependentes assim. Mas isso tudo, essa cultura da química nunca há de mudar.

´Pq simplesmente é bom. ;)

Anônimo disse...

É, eu sei.

;D